domingo, 23 de agosto de 2009

Igrejinha pequena

O povo de Deus tem seus privilégios, e as vezes não sabe aproveitar da benção da sua benção.

Este povo tem um Deus zeloso de suas vidas, um “superprotetor”. Este termo, ainda que apenas coloquial, nos dá uma definição de “paizão”: aquele que está protegendo sempre o seu povo.

E para não haver nenhuma dúvida, o povo como filho, tem seu momento de desobediência, uma palavra onomatopéia, que mostra dureza até na sua pronuncia.

No deserto o povo não podia ficar sem um lugar onde buscar a Deus, e para isso Moisés, outro que, como bom pastor e cuidados das vidas que Deus lhe havia entregado, criou a tenda da revelação. Que marketing lindo! Já nos dias de Moisés, se fosse hoje muitos estariam usando esta tenda para diversas “falcatruas” travestidas de evangelho, tal como as que a mídia está cheia: “Casa de Deus, o ponto certo da sua fé”, “ Tenda da revelação, onde o milagre sai na hora”, “Não precisa milagres venha para a casa da revelação”, “ Tenda da fé, onde você se revela”.

É claro que estou sendo exagerado, mas nós temos na TV uma igreja que fala em nome de Jesus e no momento em que os “abençoados” dão os seus testemunhos ele dizem assim:-“Depois que eu conheci a igreja... Minha vida mudou. Depois que eu conheci o missionário... Minha vida não é mais a mesma!” Hipocrisia total
A igreja, o missionário, o pastor, nenhum homem tem poder para mudar a vida de ninguém. O muito que conseguem, é com seus conselhos melhorar a vida, mas mudar, jamais. Se fosse assim, a psicologia era a solução ideal para a humanidade.
Moisés criou o primeiro templo, ainda que móvel. Era o lugar onde estava o Deus da benção: “E todo aquele que buscava ao Senhor saía à tenda da revelação.”

Lugar de Oração, de consagração. Ali se ouvia Deus falar, a glória de Deus enchia toda a casa. Quem tinha interesse de buscar a Deus ia para a tenda da revelação.

Engraçado o povo. Por mais idólatra que era, pois o próprio Deus disse que «porquanto és povo de cerviz dura;” V. 3, obstinado, duro na queda, quando queria alguma coisa, nem que ficassem no prejuízo, eles faziam e acabou, não estavam nem aí.

Este povo não quis venerar esta casa como objeto de adoração, mas sabiam que era um lugar especial, tão especial que Deus falou com o grande líder Moisés por diversas vezes. Foi ali que Moisés falava face a face com o Senhor; não que ele visse o rosto de Deus. Isso não acontecia. Mas a expressão face a face, é no sentido literal.

O próprio Deus se sentia a vontade naquele lugar e Moisés se sentia tão bem lá dentro que falava com Deus como se assim o estivesse de frente um para com o outro.

Foi lá que Moisés clamou o shekinah de Deus. Ele queria a glória de Deus. E que promessa gloriosa Moisés teve, quando Deus lhe disse que ele a veria!

Que lugar tão especial era este, sem aparência, sem pisos importados, som de última geração, cadeiras almofadadas e separadas, lugares marcados, belos luminosos. Nada de suntuosidade, nada de luxo, mas lugar onde shekinah de Deus se revelava.

Muitos templos de hoje são portentosos, mas sua riqueza ofusca a nossa visão e não conseguimos enxergar a Glória de Deus. Que saudade da minha igrejinha pequena!

Nenhum comentário:

Postar um comentário